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Espaço criativo

A construção do conhecimento depende da nossa capacidade de refletir, sensibilizar-se, ouvir e compartilhar. Esse espaço é dedicado especialmente para explorar a imaginação e partilhar a criatividade por meio da escrita. 

Titanomaquia

 

     A Titanomaquia, segundo a mitologia grega, é a guerra que aconteceu entre os Deuses do Olimpo e os Titãs. A batalha foi liderada por Cronos, do lado dos titãs e do outro lado, estavam os deuses liderados por Zeus.

     O resultado dessa batalha viria a decidir quem iria governar o universo. Mas, para entender o resultado dessa batalha é preciso entender como tudo começou e se desenrolou para chegar a esse ponto.

 

                         O Mito da Titanomaquia

     A história que causa a guerra que aconteceu entre os deuses e os titãs se iniciou quando Urano (céu) se casa com Gaia (Terra). Desse casal, são gerados 12 filhos, 6 eram homens, eles eram os Titãs; e outras 6 mulheres, as Titânides.

  Urano, temendo que algum de seus filhos tentasse usurpar o trono que ocupava, fez com que cada vez que um filho seu nascia, ele era inserido novamente no útero de Gaia. Ela, se sentindo cansada com a situação, tentou encorajar os filhos para que se virassem contra o pai.

    Mas, o único que teve coragem de cometer tal ato, foi o Titã Cronos. Sendo assim, se libertou do ventre da mãe e utilizou uma foice para castrar o próprio pai. Nesse acontecimento, Urano profetiza que o filho que o destronasse, também teria seu trono usurpado por um de seus filhos.

   Após, Cronos liberta seus irmãos e irmãs, e então se casa com uma delas, Reia. Mas, a profecia que Urano havia feito, fez Cronos hesitar; por isso, cada vez que um filho seu nascia, ele mandava Reia entregá-lo, este devorava seu próprio filho. Reia, sem poder negar, acaba entregando todos seus filhos à Cronos, à não ser o último, Zeus. E no lugar de seu filho, ela dá uma pedra enrolada em panos para Cronos comer.

    Então, ela entrega Zeus às ninfas (seres elementares). Ele cresce se preparando para enfrentar Cronos; anos depois, ele cresce e se torna um homem adulto. Mas, mesmo sendo um deus, não tinha poder suficiente para derrotar os titãs sozinho. Então, primeiramente, ele se disfarça e vai até Cronos, e Zeus, o dá uma poção que fez Cronos vomitar os filhos que havia comido, após, ele vai ao submundo encontrar os hecatônquiros e os ciclopes (irmãos de Cronos e os 11 Titãs e Titânides), que foram traídos e aprisionados pelo seu irmão (Cronos).

     Os hecatônquiros e os ciclopes, aceitam ajudar Zeus e seus irmãos na batalha, e os ciclopes, agradecidos por terem sidos libertados por Zeus, dão-lhe o poder dos raios; e os hecatônquiros, fornecem aos deuses as armas para serem utilizadas na guerra.

   Zeus, apoiado por seus irmãos e aliados, inicia a Titanomaquia. A batalha durou o impressionante tempo de 10 anos, com os deuses posicionados no monte Olimpo e os Titãs, no monte Ótris.

    Os deuses foram os que atacaram primeiro, do topo do monte Olimpo, Zeus lança um raio nos Titãs e tudo treme. Os dois lados atacavam mortalmente, deuses, hecatônquiros, ciclopes, todos enfrentando os Titãs.         Após longos anos de guerra, os olimpianos estavam perto da vitória, então, os seus adversários utilizaram seu último apelo, o tal, era Tifão, um monstro; uma besta, colossal e sombria, vinda das profundezas do tártaro; este, desafia Zeus, a batalha durou horas, e finalmente, com um raio poderosíssimo, Zeus, acerta Tifão, que volta às profundezas do tártaro.

   Enfim, Zeus, corta o corpo de seu pai em Mil pedaços e os joga no tártaro junto aos demais Titãs que apoiaram Cronos na batalha (não fora todos que o auxiliaram). Após, foi decidido que Zeus se tornaria o deus dos céus; Poseidon, deus dos mares e Hades, o deus do submundo.

    E assim, aconteceu a Titanomaquia, com os deuses saindo vitoriosos; e Zeus, então, se tornando o rei do universo.

Autor: Júlio Pauleski Haselein

                                           Livros salvam amizades

        Julie era uma menina que morava em um orfanato na cidade de
Londres. Ela perdeu seus pais em um acidente de carro quando tinha 7
anos de idade, e isso a levou a perder o movimento de suas pernas. Julie
hoje em dia tem 12 anos, ela tem cabelos curtos, cacheados e ruivos,
olhos cor de amêndoa, repleta de sardas pelo seu rosto. Desde o acidente
ela tem dificuldades em fazer novas amizades e o fato dela ser cadeirante
manchava sua imagem a algumas crianças do orfanato, bem... com
exceção de uma certa menina, mas bem, isso fica mais pra frente nessa
história...
        Hoje, dia 13 de julho de 1995, seria mais um dia no orfanato e na
vida de Julie, ela acorda, faz sua higiene e vai para o refeitório comer a
mesma comida de alguns anos. Após chegar ao seu destino ela tenta mais
uma vez se enturmar com as outras crianças do orfanato. Ela mira seu
olhar em uma mesa onde estavam reunidas algumas crianças e pergunta:
  - Oi! Eu posso comer com vocês? - Logo uma menina responde:
  - Você já sabe a resposta, procure outra mesa ruivinha. – Julie
imaginava essa resposta de Clara, a menina que a respondeu, ela possuía
cabelos médios da coloração castanho claro, e olhos quase da mesma cor
que seu cabelo. Julie para um pouco para pensar o porquê dela ser tratada
dessa forma, será que ela fez algo errado? Será que fez algo e não sabe?
       Ou é porque ela andava sobre rodas? A vida não era justa. Logo depois
avistou uma mesa vazia e foi comer nela sozinha, era melhor ficar sozinha
do que com pessoas falsas que te julgam por ser você mesmo. Após
chegar começa a comer sua comida, ela estava comendo arroz com um
purê sem gosto, qual a graça de comer isso todos os dias? Sem nem
capricharem? Alguém me tira daqui...
       Cerca de poucos minutos depois, eu avisto uma menina que estava
se aproximando de minha mesa, ela tinha cabelos longos e pretos, olhos
azuis turquesa, vejo ela se sentar do meu lado e me pergunta:

 - Hey, qual seu nome? -Ela me pergunta com um tom de voz
animado, logo eu respondo:
 - Bem, meu nome é Julie. – Nossa, alguém veio falar comigo, isso
parece ser um milagre. Depois ela fala:
 - Bem meu nome é Charlie, você quer ser minha amiga? Eu cheguei
aqui recentemente e queria alguém para falar. – Depois desconfiada
respondi:
 - Aqui tem muitas outras crianças, porque veio falar justo comigo?
 - Bem, eu te achei meio sozinha, e eu não queria falar com muita
gente. Mas enfim quer ser minha amiga?
 - Claro! Você deve ser a minha primeira amiga em alguns anos...
 - Como assim em alguns anos? – Eu respondo
 - Bem, eu sinto que as pessoas nunca gostaram de mim de verdade
por causa que eu ando de cadeira de rodas. Você está com pena de mim?
 - Eu não vejo problema em você usar cadeira de rodas, mas
bem...Esqueça disso e vamos nos divertir. – Charlie pega a mão de Julie
quando estava comendo o último pedaço de seu purê e ela a levou ao
pátio do orfanato onde havia algumas crianças brincando e andando aos
arredores. Logo Charlie me pergunta:
 - Que tal brincarmos de esconde-esconde? Eu vou contar até 40
para você se esconder. – Eu respondo:
 - Pode ser! – Eu já sabia o lugar perfeito para me esconder, eu iria
em uma parte do orfanato que tinha materiais de construção então
poderia me esconder lá.
      As novas amigas passaram horas brincando naquela tarde de
domingo, foram longos meses só as duas juntas todos os dias, elas
pareciam até irmãs, mas como dizia aquele ditado “tudo que é bom
acaba”, foi exatamente oque aconteceu. Em uma manhã de domingo Julie
foi chamada na diretoria do orfanato. Logo a dona do mesmo lugar falou:

 - Que bom que chegou Julie, tenho ótimas notícias para você! – Um
casal entra na porta onde estava acontecendo a cena – Esse casal irá te
adotar Julie, prepare a sua mala para ir embora e se despeça dos seus
amigos.
      Julie estava mais triste do que feliz, pois teria que deixar sua amiga,
mas porém, teria uma família novamente, e sabia que provavelmente
Charlie não iria com ela. Logo ela chega no cômodo onde ela dormia, e
começou a arrumar suas coisas. Depois Charlie chega no cômodo
procurando por Julie pois ela teria sido chamada na sala da diretoria e
estava curiosa.
 - Hey Julie, o que a Diretora falou com você? – Logo eu respondo
aparentando deixar uma lágrima salgada cair de meu olho:
 - Eu fui adotada Charlie!
 - Mas...você não está feliz? Eu respondo levantando a voz:
 - CLARO QUE NÃO! Você não vai poder vir comigo, esse é o
problema, eu não vou poder te ver como antes.
 - Como não? Você pode vir me visitar quando quiser.
 - Você ainda não entendeu né? Você foi minha primeira amiga, você
foi a única que veio falar comigo sem me julgar pela aparência. Não
existem tantas pessoas assim como você no mundo.
  Logo a diretora chega no quarto fala:
 - Julie está na hora de ir com sua nova família, eu espero que seja
feliz. – Depois Charlie fala:
 - Prometa mandar cartas e notícias ok? - Eu respondo
 - Claro, eu prometo que vamos nos ver de novo! – Eu derrubo outra
lágrima e abraço minha amiga que não irei ver com frequência como
antes. E eu vou embora dali.
 - Tchau Julie, eu vou esperar suas cartas. – Charlie acena com
lágrimas escorrendo pelos seus olhos.

    Se passaram alguns dias desde que Julie foi adotada e está a viver
com seus novos pais. Ela estava feliz, mas sentia falta de sua primeira e
única amiga. Eles iriam visitar Charlie no orfanato, pois Julie prometeu que
elas iriam se ver novamente. Ao chegar lá Julie vai ao mesmo lugar onde
encontrou Charlie pela última vez, ela não estava lá, ela procurou por
todos os cantos de onde ela tinha conhecimento, cansada de se mexer na
cadeira ela resolve ir a diretoria perguntar onde estava sua amiga. Após
chegar, ela faz a pergunta que tinha em mente e a diretora a responde:
 - Oi Julie achei que não viria aqui novamente, mas em questão a
Charlie, ela foi adotada três dias depois por um casal de Bistrol, uma
cidade perto daqui.
      Julie não poderia acreditar que Charlie foi para outra cidade sem
dar notícias a ela. Julie saiu da diretoria e pediu para ir a sua nova casa.
Depois do ocorrido ela ficou muitos anos sem saber de sua primeira
amiga. Ao longo de anos ela conseguia se concentrar em seus planos de
vida, mas em uma hora ou outra lembrava do último dia que viu sua
amiga. Onde será que ela está agora? Será eu ela está bem? Será que
ainda está no mundo? Provavelmente ela não iria saber até certo ponto.
Após Julie completar 23 anos, começou a se dedicar a escrita e a
publicar livros. Aos 25 anos conseguiu fazer sucesso com seus livros. Seu
maior sucesso foi o livro que retratava o que aconteceu com ela. Em uma
bela tarde de domingo, ela começou a vender seu livro e dar autógrafos,
até que uma pessoa familiar fala:
 - Oi, eu estava andando por perto e vi que estava acontecendo uma
sessão se autógrafos – Ela pega um livro em cima da mesa – Esse livro
parece ser legal – Ela leu a sinopse da historia e estranhou um pouco,
parecia que já tinha conhecimento disso, parecia que ela estava no local.
Julie fala:
 -Bem, qual seu nome? – A menina responde:
 - Meu nome é Charlie, você se parece muito com uma amiga minha
que eu nunca consegui mais vê-la novamente... O nome dela era Julie e-

 - Meu nome também é Julie! – Após isso as duas tinham uma certa
certeza que eram as amigas de infância. Isso estava comprovado na testa
das duas.
    Após a sessão de autógrafos, elas resolveram ir comer em uma
lanchonete próxima, se conhecendo ainda mais.
Ao longo do tempo Julie ficou mais feliz do que estava com o
sucesso do livro, Charlie adquiriu o interesse em escrever e as duas
escreveram muitos livros, separadas e juntas.
Elas nunca desistiram de ser amigas. Isso é o que provavelmente
chamam de amizade verdadeira.

   

Autora: Valentina Ramos Konrad

                                        Hogwarts – Uma História Lufana

                                                              1

                                               Encontro No Beco

       

          No dia 15 de agosto de 2020, o bruxo, Jonas Argon Mírian, se dirigia ao
beco diagonal junto a seus pais, estava ansioso, pois ia comprar seu material
para Hogwarts, assim como muitos outros bruxos daquela idade. Seguia
tranquilo, passou por lojas e lojas, até que resolveu comprar uma coruja, seus
pais foram a Gringotes, e deixaram ele sozinho, já que é muito responsável.
Entrando na loja, a primeira coisa que viu foi uma coruja branca de igreja
voando na direção de seu rosto, isso o derrubou, e quando levantou se
deparou com um menino que aparentava ter a mesma idade que ele, tinha
cabelos castanhos e um pouco longos, magro e estatura média, e olhos da
mesma cor de seu cabelo.

       - Me desculpe - Disse ele meio envergonhado com um sotaque de
Portugal - Ela acabou fugindo quando a tirei da gaiola…

        - Não tem problema, acontece - Respondeu Jonas - Bem, meu nome é
Jonas, mas pode me chamar de Jon, e o seu?

          - Ah, claro, meu nome é Brian - Disse ele ainda desconcertado - Você
veio comprar uma coruja?

           - Sim, aquela deve ser a sua - Falou Jonas apontando para a coruja que
o derrubara, ela agora estava sentada em cima de uma pilha de livros próxima
à vitrine.

           - Sim, sim. - O garoto pegou-a e botou em uma gaiola que trazia
consigo.

             Jonas comprou sua coruja, uma bela coruja orelhuda, chamou-a de
Artor. Ao sair, encontrou Brian na saída.

        - Vamos tomar uma cerveja amanteigada? No Caldeirão Furado?
         - Vamos.

          Os dois saíram pelo Beco Diagonal. No caminho se conheceram
melhor e a princípio se tornaram amigos. Quando chegaram, sentaram-se e
beberam, até encontraram o donos do caldeirão furado que atendiam alguns
cliente de vez em quando - Neville longbottom (professor de herbologia de
Hogwarts) e Ana Abbott, sua esposa - Ao sair de lá, um menino da mesma
idade dos dois amigos esbarrou em Brian, que acabou ficando sujo de cerveja
amanteigada.

          - Me desculpe - disse o menino com a cabeça abaixada.
          - Não tem problema - Respondeu Brian que parecia tentar lamber a
roupa suja.
           - Sou Alexandre Bass e vocês? - disse o menino de olhos pretos, pele
clara e cabelos negros.
            - Sou Jonas Argon Mírian e esse é meu amigo Brian…
             - Brian Thiago Martins - Interrompeu Brian e ofereceu a mão à Alexandre
que a apertou. Jonas fez o mesmo.
           Sentaram-se próximos ao Caldeirão Furado. Conversavam:
          - Meu pai é trouxa e minha mãe é bruxa, ela já havia me trazido aqui
várias vezes, por isso ando sozinho - Disse Alexandre.

           - Os meus pais são bruxos, e também sempre venho aqui sozinho -
Informou Jonas. 
           - Eu também - Disse Brian se referindo a Jonas. - Meus pais trabalham
na “Artefatos de Bruxo”, eles fabricam equipamentos mágicos.
            - Legal - responderam
            - Podemos nos encontrar antes de ir para Hogwarts? - perguntou
Alexandre. - Aqui no Beco.
            - Pode ser - respondeu Jonas.
            - Só chegar na loja e pedir por mim - falou Brian.
            - Fechado - falaram juntos.

             Os três ficaram conversando ali até que a mãe de Alexandre apareceu
com os materiais dele. Os pais de Jonas chegaram logo depois. Os amigos se
apresentaram para os pais dos outros e se despediram. Jonas foi comprar seus
materiais e Brian foi para sua casa, acima do estabelecimento de seus pais.

              Um fim de semana antes de ir para Hogwarts, Alexandre e Jonas foram
para a loja dos pais de Brian.

              - Vocês procuram o Brian? - perguntou Amanda, sua mãe.
              - Sim - responderam
              - BRIAN! Anda cá miúdo!  - Gritou ela.
              - O que mãe? - perguntou ele descendo rapidamente da escada caracol.
              - Ah, oi gente.
              - Brian! - seus amigos correram até ele e apertaram as mãos.
              - Vamos aonde primeiro? - perguntou Brian
              - Vamos ver a loja, tem um monte de coisas legais. - respondeu Jon
apontando para uma miniatura de Hogwarts onde havia um pequeno
dragão rugindo.
             - Meus pais são peritos em feitiços de animação, olha - Brian apontou
para uma prateleira. - Uma coleção de dragões.  
            Os meninos conversaram sobre a loja e saíram para passear na
“Gemialidades Weasley”, e depois tomar uma cerveja amanteigada no
Caldeirão Furado.

Autores: Julio Pauleski Haselein & Valentina Ramos Konrad
Participações: Caio Bassi & Vítor Borelli

                                                 

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